Curta-metragem contemplado pelo Prêmio Funarte RespirArte
Participante da 15ª Mostra de cinema independente ABD_Espírito Santo

INTERVALLE CONTINU (INTERVALO CONTÍNUO)
(FR)
Intervalle continu cartographie le rêve par les eaux et l'eau par les rêves dans une traversée en bateau, de Belém à Manaus, à la fin de 2019. Un voyage de six jours, un sol en suspension. Un état d'isolement forcé au milieu de tant d'autres vies inconnues mais si proches.
À l'intérieur du hamac, où les corps se croisent, les histoires se transmettent, transportant un bateau de rêves dont peu sauront l'existence. Rêves de corps en éveil même lorsqu'ils sont endormis.
Quelles sont ces histoires qui restent gardées dans la nuit, quand le silence envahit l'eau ? Comment tracer ces mémoires qui s'en vont avec le fleuve, au milieu du corps qui demeure ?
Tout semble se dissiper dans cette allée sans fin délimitée. En mouvement, l'eau hypnotise, laissant derrière elle le présent qui n'a jamais existé. Les histoires disparaissent dans ce trajet impermanent, où le nord se manifeste dans un fond lointain et brumeux, comme le pic de la montagne qui surgit quand le nuage s'éloigne. Dans ce nord désordonné où le corps inquiet cherche à apercevoir le sol.
On ne sait pas quand, mais la terre ferme, de l'autre côté, attend ses passagers.
(PT)
Intervalo contínuo mapeia o sonho pelas águas e a água pelos sonhos em uma travessia feita de barco, de Belém a Manaus, no final de 2019. Uma viagem de seis dias, um chão em suspensão. Um estado de isolamento forçado em meio a outras tantas vidas desconhecidas porém tão próximas. 
No interior da rede, onde corpos se atravessam, histórias são perpassadas, carregando um barco de sonhos dos quais poucos saberão. Sonhos de corpos em vigília mesmo quando adormecidos.
Quais são essas histórias que ficam guardadas na noite, quando o silêncio invade a água? Como traçar essas memórias que se vão com o rio, em meio ao corpo que fica? 
Tudo parece se dissipar nessa ida sem um fim delimitado. Em movimento, a água hipnotiza, deixando pra trás o presente que nunca existiu. As histórias desaparecem nesse trajeto impermanente, onde o norte se manifesta num fundo longe e nebuloso, como o pico da montanha que se ergue quando a nuvem se afasta. nesse norte desordenado em que o corpo inquieto buscar avistar o chão.
Não se sabe quando, mas a terra firme, do lado de lá, aguarda seus tripulantes.
Agradecimentos
Alba
Audenize
Edemar
Elizeu
Fabiana
Gilmara
Malcom
Mohana
Raimundo
Roselene
Sabrina
​​​​​​​
Alexandre Sequeira
Annabelle Lafue
Bruno Zorzal
Daniel Cabrel
Mino Alencar
Back to Top